Escrito por Samara Pereira de Almeida
Acadêmica de Medicina e Associada da AAC
O médico cardiologista é aquele que, conforme a I Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre processos e competências para a formação em Cardiologista no Brasil, tem o certificado de conclusão da residência médica devidamente reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O título de Especialista em Cardiologia também é fornecido ao candidato que atenda aos requisitos básicos de formação cardiológica no concurso de provas e títulos realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Tais profissionais devem ser procurados sempre que possível, uma vez que, segundo a Organização Mundial de Saúde, os acometimentos cardíacos são os que mais provocam mortes no mundo, com exceção da África Subsaariana, onde a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida é a predominante no quantitativo de óbitos. Está previsto que, até 2020, haja aumento do impacto para doença isquêmica cardíaca em torno de 120% para mulheres e 137% para homens nos países em desenvolvimento.
Infelizmente, estão emergentes, na maioria dos países, vários fatores como os determinantes comportamentais, a exemplo de propagandas de “fastfoods”; fatores ambientais como o tabagismo; condições de risco como a hipercolesterolemia, a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus; influências psicossociais; dificuldades no acesso aos cuidados de saúde. Todos esses aspectos podem culminar em condições como Doença Arterial Coronariana, Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, Doença Arterial Periférica, Doença Cardíaca Hipertensiva, Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, tornando o médico cardiologista imprescindível desde a prevenção até o tratamento de todos estes acometimentos.
O esquema a seguir ilustra essa relação de causa e consequência dos eventos cardiovasculares citados.
A presença de determinados sinais e sintomas como os listados a seguir também tornam necessária a procura imediata ao cardiologista, a fim de evitar a progressão de cardiopatias como Síndromes Coronarianas Agudas, Doença Pericárdica, Tumores Cardíacos, Doença venosa tromboembólica, entre outras.
- dispneia aos esforços
- dispneia de decúbito (ou ortopneia)
- dispneia paroxística noturna
- dispneia de decúbito lateral
- dores na região precordial,
- cefaleia de etiologia não neurológica
- palpitações
- desmaios frequentes
- taquicardia
- edema de membros inferiores
- dispneia de decúbito (ou ortopneia)
- dispneia paroxística noturna
- dispneia de decúbito lateral
- síncope
- tosse aos esforços
Com a finalidade de diagnosticar quaisquer acometimentos cardíacos, é importante a visita ao cardiologista ao menos uma vez ao ano. Caso o paciente já tenha problemas cardiovasculares, tal visita deve ser feita pelo menos duas vezes ao ano. Hábitos como alimentação não balanceada, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, além de presença de obesidade, são fatores que também tornam imprescindível a sua procura.
Também é fundamental que portadores de qualquer cardiopatia ou de Hipertensão Arterial Sistêmica que pratiquem atividade física façam uma avaliação cardiológica antes mesmo do início de tal prática, a fim de verificar as modalidades e intensidades dos exercícios mais adequadas ao paciente, por meio de exames como o Teste de Esforço.
Homens com problema de ereção também podem ser beneficiados com a procura a esse especialista, uma vez que, para que se tenha uma ereção eficaz, é necessário que haja um fluxo sanguíneo sem qualquer obstrução cardíaca. Isso culmina na drenagem de sangue adequada do tecido erétil.
É importante considerar que a primeira visita ao cardiologista, quando há familiares com histórico de doenças como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica ou Doença Coronariana, deve ser feita pelo menos aos 30 anos de idade no caso de homens e 40 anos, nos pacientes de sexo feminino. Caso não haja fatores de risco, os homens podem iniciar as visitas ao cardiologista a partir de 45 anos, ao passo que as mulheres, aos 50 anos de idade. A a presença de diagnósticos como insuficiência cardíaca e a arritmia indicam a necessidade de acompanhamento cardiológico de 6 em 6 meses, ideal para ajustes no tratamento e melhor avaliação do prognóstico.
Somando-se a isso, o cardiologista, por meio de exames como o Eletrocardiograma, é capaz de identificar problemas como bloqueios de ramo, anormalidades do intervalo QT, pericardite, bradicardias, taquicardias, disfunção de marca-passo, sobrecargas atriais e ventriculares, miocardite, entre outros.
Também é de conhecimento do especialista em doenças do coração a interpretação, em seus diversos contextos clínicos, de exames como o Holter ou Eletrocardiografia Ambulatorial de 24 horas, a Tomografia Computadorizada Cardíaca, a Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca, além de exames de imagem invasivos como a cateterização e angiografia.
Além disso, o cardiologista detém o domínio do tratamento das doenças cardiovasculares, seja de forma farmacológica, com ênfase em medicamentos anti-hipertensivos de ação central, agentes anti plaquetários, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos canais de potássio, bloqueadores do receptor da angiotensina, medicamentos redutores de lípides, antagonistas da aldosterona, anticoagulantes, betabloqueadores , inotrópicos, nitratos, medicamentos cardiotóxicos, digitálicos, nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos, ou de forma não farmocológica.
Ademais, a Cardiologia é a especialidade médica ideal para avaliação e interpretação dos exames diagnósticos e tratamento de pacientes com Síndromes Coronarianas Agudas, Doença Pericárdica, Tumores Cardíacos, Doença venosa tromboembólica, Doença Cardíaca Valvar, Insuficiência Cardíaca, Endocardite Infecciosa, Doença Cardíaca Congênita, Cardiopatia Chagásica, Doença Arterial Coronariana Crônica, Miocardiopatias, Fibrilação Atrial, arritmias, Hipertensão Arteria Pulmonar, Doenças da aorta, entre outras patologias.
Diante do exposto, é de fundamental importância a identificação precoce de problemas cardiovasculares, a fim reduzir o impacto no desenvolvimento dos sinais e sintomas de tais problemas e, consequentemente, promover a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Para isso, faz-se necessária a procura frequente ao cardiologista, assim como o encaminhamento correto para o devido acompanhamento desses pacientes.
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Cardiologia é um tema muito interessante para mim. Gostei bastante desse post, muito bem escrito e detalhado. Meus parabéns pelo blog!
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