domingo, 10 de setembro de 2017

Cardiologia preventiva na infância e adolescência





Escrito por José Mateus de Souza Ribeiro
Coordenador de Mídia da AAC






Os fatores de riscos relacionados aos hábitos de vida para doenças cardiovasculares, como o sedentarismo e a obesidade, estão surgindo em populações cada vez mais jovens. Diante disso, a cardiologia na infância e adolescência surge como uma importante vertente de estudos de prevenção de doenças cardíacas.





Dislipidemias decorrentes da ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans, aliadas a prática insuficiente ou inexistente de atividades físicas regulares, justificam a dosagem do perfil lipídico em crianças a partir de dois anos, de acordo com a I Diretriz de Prevenção Cardiovascular. Além dos hábitos de vida, outros parâmetros são levados em conta na triagem do perfil lipídico em crianças, tais como história familiar, uso de medicamentos ou presença de doenças que alterem o colesterol ou metabolismo.




Na maioria desses casos, o tratamento restringe-se a mudanças na dieta e na frequência de atividades físicas, o que também é recomendado para o tratamento de hipertensão arterial e obesidade infantil. Em alguns casos, porém, a terapia hipolipemiante pode ser iniciada após os 8 anos de idade (salvo em casos graves com atenção individualizada). Medicamentos como estatinas, inibidores da absorção do colesterol, sequestrantes dos ácidos biliares e suplementos de fitosteróis são os principais exemplos de fármacos utilizados nesses casos.

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