Bárbara Stéphane de Macedo Guedes
Sou Bárbara Stéphane de Macedo Guedes, acadêmica de medicina da
FASEH e 2ª Secretária/Tesoureira da Gestão 2018 da AAC.
Lendo e relendo essa indagação diversas vezes. Como posso ajudar? Como posso ser útil? O que posso fazer? Muito difícil responder a essa pergunta. Então comecei a refletir e... O que é saúde? Fui procurar uma referência (claro, rs), e encontrei: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” (OMS, 1946).
Trata-se de um conceito bastante complexo e colocá-lo em prática a TODOS não é uma tarefa fácil. Mas eu poderia fazer o meu melhor para o máximo de pessoas possíveis. Poderia participar de eventos na comunidade de caráter educativo à saúde, como incentivar atividade física regular e alimentação saudável, fazendo correlação dessas práticas com a prevenção de morbidades, como diabetes e doenças cardiovasculares. Poderia fazer projetos que visassem capacitar agentes comunitárias de saúde, ensinando-as sobre as principais doenças da comunidade, para que possam cuidar melhor dos pacientes (até agora falei dos âmbitos físico e social). Poderia escutar mais os pacientes que passam por mim. É muito fácil despejar no paciente um monte de informações e regras e orientações e estilos de vida saudáveis a serem seguidos e até mesmo dar ordens. Difícil mesmo é escutar, difícil mesmo é exercer a tal chamada “entrevista motivacional”.
A entrevista motivacional surgiu com o intuito de aumentar a adesão ao tratamento de indivíduos dependentes de álcool, mas a sua utilização pode ser (e é) transportada para todo cuidado com o paciente, permitindo a sua livre demanda de falar (aqui estamos dos âmbitos mental e físico). Falando em entrevista motivacional e lembrando das agentes de saúde, elas sim que são boas ouvintes, não é mesmo? E porquê disso? Vínculo! O vínculo de morar naquela comunidade e conhecer os próprios vizinhos-pacientes. E é isso que nós acadêmicos temos que procurar conquistar. Criar algo em comum que eu e o paciente tenhamos... uma corda imaginária, numa ponta o paciente, na outra, eu, como aprendi com a minha sábia professora de psiquiatria nas aulas sobre depressão. E o mais importante: não deixar essa corda desprender de uma das extremidades.
Assim, eu posso tornar realidade a saúde de alguns pelo menos. Sem paternalismo e permitindo que o paciente não seja só paciente, mas também ação. Acho que devaneei um pouco (rs)... a saúde é algo muito complexo mesmo... tão complexo que é difícil explorar um ponto específico para eu poder contribuir, por isso a necessidade de criar várias estratégias para tentar atingir uma noção de saúde ... Essa parte de “[...]e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” também me intriga muito. Já me lembro dos cuidados paliativos, mas isso é assunto para outro dia (rs).
FASEH e 2ª Secretária/Tesoureira da Gestão 2018 da AAC.
Lendo e relendo essa indagação diversas vezes. Como posso ajudar? Como posso ser útil? O que posso fazer? Muito difícil responder a essa pergunta. Então comecei a refletir e... O que é saúde? Fui procurar uma referência (claro, rs), e encontrei: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” (OMS, 1946).
Trata-se de um conceito bastante complexo e colocá-lo em prática a TODOS não é uma tarefa fácil. Mas eu poderia fazer o meu melhor para o máximo de pessoas possíveis. Poderia participar de eventos na comunidade de caráter educativo à saúde, como incentivar atividade física regular e alimentação saudável, fazendo correlação dessas práticas com a prevenção de morbidades, como diabetes e doenças cardiovasculares. Poderia fazer projetos que visassem capacitar agentes comunitárias de saúde, ensinando-as sobre as principais doenças da comunidade, para que possam cuidar melhor dos pacientes (até agora falei dos âmbitos físico e social). Poderia escutar mais os pacientes que passam por mim. É muito fácil despejar no paciente um monte de informações e regras e orientações e estilos de vida saudáveis a serem seguidos e até mesmo dar ordens. Difícil mesmo é escutar, difícil mesmo é exercer a tal chamada “entrevista motivacional”.
A entrevista motivacional surgiu com o intuito de aumentar a adesão ao tratamento de indivíduos dependentes de álcool, mas a sua utilização pode ser (e é) transportada para todo cuidado com o paciente, permitindo a sua livre demanda de falar (aqui estamos dos âmbitos mental e físico). Falando em entrevista motivacional e lembrando das agentes de saúde, elas sim que são boas ouvintes, não é mesmo? E porquê disso? Vínculo! O vínculo de morar naquela comunidade e conhecer os próprios vizinhos-pacientes. E é isso que nós acadêmicos temos que procurar conquistar. Criar algo em comum que eu e o paciente tenhamos... uma corda imaginária, numa ponta o paciente, na outra, eu, como aprendi com a minha sábia professora de psiquiatria nas aulas sobre depressão. E o mais importante: não deixar essa corda desprender de uma das extremidades.
Assim, eu posso tornar realidade a saúde de alguns pelo menos. Sem paternalismo e permitindo que o paciente não seja só paciente, mas também ação. Acho que devaneei um pouco (rs)... a saúde é algo muito complexo mesmo... tão complexo que é difícil explorar um ponto específico para eu poder contribuir, por isso a necessidade de criar várias estratégias para tentar atingir uma noção de saúde ... Essa parte de “[...]e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade” também me intriga muito. Já me lembro dos cuidados paliativos, mas isso é assunto para outro dia (rs).
Me enxerguei muito nesse texto! A saúde realmente é algo muito complexo e não depende apenas da nossa atuação. Depende também do paciente, dos familiares, da comunidade....enfim, depende de uma rede que muitas vezes cabe a nós criar. E, frequentemente, perdemos oportunidades por esquecermos de coisas simples que esse texto falou muito bem: participar, criar vínculos e escutar. Bem...foi um ótimo lembrete para iniciar a semana!
ResponderExcluirGente alguém divulga isso em todos os consultorios médicos por favor?? "Ouvir o paciente e não só despejar remédios"...isso sim é medicina!! Decorar um bando de doença é fácil, individualizar um Ser, não é!!! Parabéns pela entrevista!!
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