quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Coração Brasileiro



Escrito por 
Patrícia Pampuri Lopes Peres

Coordenadora de Ensino da AAC






Diversas doenças podem acometer o coração, desde as formas congênitas - comunicação interventricular, tetralogia de Fallot e outras - até as adquiridas, como miocardites, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca, contribuindo assim, em conjunto com os hábitos de vida não tão saudáveis da população, com o aumento da mortalidade em decorrência das mesmas e se confirmando como a principal causa mortis no Brasil. Dessa forma, com o intuito de incentivar a busca por um estilo de vida mais saudável e adoção de atividade física, nada melhor que no mês do coração, e ao mesmo tempo o mês da independência do Brasil, falarmos sobre prevenção contra doenças cardiovasculares, visando uma maior qualidade de vida para a população brasileira.

Esse é o tema do Setembro Vermelho, mês onde diversas sociedades de cardiologia e ONGs desenvolvem campanhas de prevenção em homenagem ao dia mundial do coração (29/09). 


Várias são as formas de prevenção:

- Abandono do tabagismo 
- Combate a iniciação do fumo
- Dieta balanceada
- Controle do peso corporal adequado
- Controle adequado das comorbidades como: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia e síndrome metabólica.
- Prática de exercício fisico
- Controle do estresse 


A grande maioria das ações de prevenção se interligam, por exemplo, uma dieta balanceada e pratica de exercícios físicos levam a redução ou controle do peso para níveis adequados, o que acaba acarretando um controle adequado das comorbidades (HAS, DM, dislipidemia e síndrome metabólica) o que por si só reduz o risco para eventos cardiovasculares, tais como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Ou seja, pequenas alterações nos hábitos de vida podem auxiliar grandemente na qualidade de vida.


Agora, pare e pense, de que forma você também melhorar a sua qualidade de vida? Ou ajudar alguém reduzir o risco  de acidente cardiovascular? 

Se quiser ler mais sobre o assunto, recomendo a I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. 

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domingo, 10 de setembro de 2017

Insuficiência Cardíaca




Escrito por Patrícia Fraga Paiva
Coordenadora de Extensão da AAC






A insuficiência cardíaca (IC) é definida como a incapacidade do coração de fornecer aos tecidos periféricos a quantidade necessária de sangue e oxigênio para satisfazer sua demanda metabólica.

Fisiopatologicamente, o débito cardíaco está, de forma absoluta ou relativa, baixo e /ou apresenta distribuição patológica. Culminando assim, na síndrome clínica caracterizada por sintomas como dispneia ou fadiga, pressão venosa jugular elevada, taquicardia, edema periférico. A insuficiência cardíaca é principalmente causada por uma doença miocárdica, entretanto, doenças valvulares, anormalidades endocardiais ou pericárdicas, além de distúrbios na frequência, ritmo cardíaco também podem resultar em mau funcionamento cardíaco. 



















A gravidade clínica IC é classificada de acordo com a classificação funcional da New York Heart Association (NYHA) com base nos sintomas clínicos e atividade física do paciente. O diagnóstico de IC geralmente é feito com base nos critérios de Framingham, que envolvem sintomas manifestados e sinais clínicos do paciente. O diagnóstico requer pelo menos 2 critérios principais, ou 1 critério principal com pelo menos dois critérios menores. Dois ou mais critérios menores só são aceitos como diagnóstico se, após avaliação criteriosa, ficar descartada que a situação não acontece em decorrência de insuficiência de órgãos como doença pulmonar (DPOC), cirrose hepática ou síndrome nefrótica.



Outra classificação de insuficiência cardíaca crônica foi estabelecida pelo American College of Cardiology (ACC) e pela American Heart Association (AHA) para complementar a classificação funcional da NYHA. Esta classificação também se baseia nos sinais e sintomas clínicos do paciente, e também inclui doenças concomitantes e fatores de risco, para estimar o estágio de progressão e o desfecho da doença (Tabela 3). Os pacientes no estágio A não apresentam doença cardíaca estrutural, mas apresentam fatores de risco como hipertensão, diabetes mellitus e / ou história familiar para cardiomiopatias, ou seja, risco aumentado de desenvolver IC ao longo do tempo. Nesta fase, fatores de risco devem ser identificados e tratados para evitar o desenvolvimento de insuficiência cardíaca. O estágio B apresenta uma doença cardíaca estrutural, como infarto do miocárdio ou doença valvar na história do paciente, embora ainda não tenha manifestações clínicas, a estratégia terapêutica envolve terapia específica da causa subjacente e otimização de fatores de risco. No estágio C, a IC clinicamente manifestada ocorre com a sintomatologia típica da dispneia, fadiga e edema periférico. Esta fase, não apenas a doença primária deve ser devidamente tratada, mas deve ser realizada uma terapia sintomática para manter a "capacidade física" do paciente e para reduzir os sintomas de congestionamento cardíaco. O estágio D significa uma insuficiência cardíaca em fase terminal, quando a terapia máxima de suporte e causativa é incapaz de fornecer um estado estável e a descompensação cardíaca não é controlável, redutível ou reversível por um longo período de tempo. O transplante cardíaco ou o suporte circulatório mecânico devem ser considerado.


Causas e Tratamento: 




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Cardiologia preventiva na infância e adolescência





Escrito por José Mateus de Souza Ribeiro
Coordenador de Mídia da AAC






Os fatores de riscos relacionados aos hábitos de vida para doenças cardiovasculares, como o sedentarismo e a obesidade, estão surgindo em populações cada vez mais jovens. Diante disso, a cardiologia na infância e adolescência surge como uma importante vertente de estudos de prevenção de doenças cardíacas.





Dislipidemias decorrentes da ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans, aliadas a prática insuficiente ou inexistente de atividades físicas regulares, justificam a dosagem do perfil lipídico em crianças a partir de dois anos, de acordo com a I Diretriz de Prevenção Cardiovascular. Além dos hábitos de vida, outros parâmetros são levados em conta na triagem do perfil lipídico em crianças, tais como história familiar, uso de medicamentos ou presença de doenças que alterem o colesterol ou metabolismo.




Na maioria desses casos, o tratamento restringe-se a mudanças na dieta e na frequência de atividades físicas, o que também é recomendado para o tratamento de hipertensão arterial e obesidade infantil. Em alguns casos, porém, a terapia hipolipemiante pode ser iniciada após os 8 anos de idade (salvo em casos graves com atenção individualizada). Medicamentos como estatinas, inibidores da absorção do colesterol, sequestrantes dos ácidos biliares e suplementos de fitosteróis são os principais exemplos de fármacos utilizados nesses casos.

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