terça-feira, 25 de abril de 2017

Olá! Bem-vindos ao blog AAC - Cheers!
Hello! Welcome to the blog AAC - Cheers!


Meu nome é Ana Laura da Cruz Luiz, acadêmica de medicina na Universidade Severino Sombra (Vassouras - RJ/Brasil) e membro associada da AAC - Associação Acadêmica de Cardiologia. Hoje, vamos conversar sobre Depressão na Terceira Idade.  
My name is Ana Laura da Cruz Luiz, I’m a medical student at Universidade Severino Sombra (Vassouras - RJ/Brazil) and associated member of AAC - Academic Association of Cardiology. Today we’re going to talk about Depression at the Third Age. 




Um novo olhar sobre um velho tema 
A new point of view of an old topic 



A vida humana é um ciclo. É um intrigante ciclo que traz uma única certeza, a morte. Não é certo que a morte vai acontecer aos 70, 80 anos, mas ela é comumente associada a pessoas mais velhas: natural é pensar que os pais vão partir antes dos filhos, mesmo isso não sendo uma regra. 
Life is a circle. It’s an intriguing circle with an only certain: death. Its not absolute certainty if death will come when you are 70 or 80 years old; but death usually comes to old people. That’s not a rule, but parents dying before their son is what's natural. 

Sabe-se que a velhice é o fim do ciclo biológico, mas de maneira alguma ela pode ser sinônimo de falecimento ainda em vida. Há um filósofo japonês, chamado Daisaku Ikeda, que diz que “A morte não é a maior tragédia do ser humano, é pior quando algo vital dentro da pessoa morre enquanto ela ainda está viva. Essa morte é, certamente, a coisa mais temível e trágica”. É esse prejuízo na qualidade de vida que tem atingido idosos em todo país. Seja por sentimento de improdutividade, por ausência de vida social, seja por falta de atenção da família, por abandono coletivo - quase 15% da terceira idade brasileira sofre de depressão. 
The third age is the end of the biological circle, but we can’t say it’s the meaning of dying. A japanese philosopher called Daisaku Ikeda, says “Death is not the biggest tragedy of human being, it’s worst when a vital thing dies inside the person, when still alive. This type of death is, certainly, the most fearsome and the most tragic”. This damage on the quality of life has reach the third age in all of the country. The feeling of invalidity, the absence of a social life, the lack of attention from family and the social abandon are some causes of depression in almost 15% of the third age in Brazil.



A melhor maneira de identificar a depressão geriátrica é por meio da anamnese. Uma boa entrevista clínica (principalmente com o paciente, mas se possível também com seus familiares, cuidadores) é essencial para que os sintomas depressivos sejam identificados e para que o paciente expresse suas angústias e seus temores. Assim, o médico pode iniciar o tratamento adequado e evitar pensamentos relativos ao suicídio e à morte. 
The best way to identify depression at the third age is the anamnesis. A good clinic interview (particularly with the patient, but if it’s possible with his family and caregivers too) is essential to identify the symptoms of depression and it’s fundamental for the patient to express his feelings and fears. Like this, the doctor can begin the appropriate treatment and avoid thinkings relative to death and suicide. 

Outra ferramenta que auxilia no diagnóstico da depressão no idoso é a Escala Geriátrica de Depressão, que consiste em um questionário de 30 perguntas do tipo sim ou não (com versão encurtada de 15 itens), que tem por objetivo verificar os sintomas depressivos. Nessa escala, cada resposta indicativa de depressão vale um ponto; de modo que, os pacientes com pontuação entre 0 e 5 são considerados normais; pacientes que apresentam entre 6 a 10 pontos possuem depressão leve e pacientes com resultados entre 11 e 15 pontos possuem depressão severa. 
Other thing that helps the diagnosis of depression on elderly is the Geriatric Scale of Depression, which consists in a quiz with 30 questions with answers yes or no (the short form has 15 items). It has the purpose of verifying the symptoms of depression. In this Scale, in every answer that indicates depression you add 1 point. A score between 0 and 5 points is considered normal, between 6 and 10 indicates mild depression and people with score between 11 and 15 have severe depression. 

















Suspeita-se de depressão em pacientes acima de 60 anos quando eles apresentam anedonia (perda da capacidade de sentir prazer), ansiedade, lentificação psicomotora, sentimentos de desesperança, fadiga, perda de peso. É importante também investigar usuários frequentes de serviços de saúde que apresentam sintomas persistentes e inexplicados de cefaleia, dor, cansaço, insônia ou perda do apetite.
You can suspect depression in geriatric patient, when they lost their capacity of feeling pleasure, when they show stress, psychomotor lentification, despair, fatigue and when they loss weight. It’s important to investigate regular users of health care places, that report always the same mysterious and persistent symptoms like headache, pain, exhaustion, insomnia or loss of appetite. 



Mesmo dispondo de medicamentos eficazes e seguros (principalmente inibidores seletivos da recapitação de serotonina) e de abordagens psicoterapêuticas interessantes para tratamento de transtornos depressivos, a depressão em idosos tem sido subdiagnosticada. A depressão na terceira idade é vista como “natural” ao processo de envelhecimento e, muitas vezes, é confundida com síndromes demenciais (que também são subdiagnosticadas). 
In general, there is lots of safe and effective drugs (especially selective serotonin reuptake inhibitors) and interesting psychological therapies to the treatment of depressive disorders, and, even so, the geriatric depression is misdiagnosed. The depression at the third age is seen as “natural” to the aging process and, sometimes, it’s mixed up as dementia (also misdiagnosed). 



O envelhecimento é o fim de um ciclo, mas não é o fim da vida, dos sonhos, do aprendizado, da felicidade. A velhice bem-sucedida, física e psiquicamente, constitui-se, indiscutivelmente, na grande fase da vida, onde o ser humano está preparado para entrar em comunhão com a grandiosidade da criação. Esse é o ideal de senilidade para todos que já estão na terceira idade e os que ainda vão passar por essa etapa.
The aging is the end of a circle, but it is not the end of the life, the dreams, the learning, the happiness. A successfully old age (psychically and physically) is the big stage of life, where human being is prepared for entering into communion with the grandiosity of the nature. It’s the ideal senility for all who are at the third age and for the ones who will pass on this fase one day.

Na próxima postagem, teremos o texto de Dandhara Martins Rebello sobre a depressão em acadêmicos e profissionais da área da saúde.
Next post, we will have the text of Dandhara Martins Rebello about depression in medical students and health professionals.

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domingo, 16 de abril de 2017

Olá! Bem-vindos ao blog AAC - Cheers! 
Hello! Welcome to AAC - Cheers!



Sou Larissa Alessandra da Costa Camapum, acadêmica de Medicina na FACID/DEVRY, e membro da Associação Acadêmica de Cardiologia - AAC. Hoje, nós vamos falar sobre a depressão em crianças e adolescentes. 
I’m Larissa Alessandra da Costa Camapum,  medical student at FACID/DEVRY, and member of AAC - Academic Association of Cardiology. Today, we’ll talk about depression in children and teenagers. 


Os transtornos mentais são doenças crônicas altamente prevalentes no mundo e contribuem para morbidade, incapacitação e mortalidade precoces (Diretrizes para um Modelo de Atenção Integral em Saúde Mental no Brasil, 2014). A depressão é um transtorno do humor grave, que pode ocorrer em todas as faixas etárias, destacando-se o crescente aumento de casos entre jovens e idosos (MIRANDA et al., 2013). Com grande expressividade no cenário mundial, a depressão tem apresentado índices alarmantes nos últimos tempos a qual deve atingir entre 15% e 20% da população mundial, no mínimo uma vez na vida. Considera-se que os sintomas depressivos na infância e na adolescência apresentam natureza duradoura e pervasiva, afetando múltiplas funções e causando significativos danos psicossociais (BARBOSA et al., 2016). Atualmente, os avanços em neurociência têm possibilitado compreender melhor a relação mente-cérebro e criar técnicas de intervenção mais eficientes. Entretanto, muito ainda se tem por conhecer a respeito desse tema que desafia médicos e psicólogos e traz grandes prejuízos pessoais e sociais (TEODORO, 2009).
Mental disorders are chronic diseases that are highly prevalent in the world and contribute to early morbidity, disability and mortality (Guidelines for a Model of  Integral Care in Mental Health in Brazil, 2014). Depression is a serious mood disorder, which can occur in all age groups, with a notable increase in cases among young and old (MIRANDA et al., 2013). With great expressiveness on the world stage, depression has presented alarming rates in recent times which should reach between 15% and 20% of the world population, at least once in life. It is considered that depressive symptoms in childhood and teenagers are enduring and pervasive in nature, affecting multiple functions and causing significant psychosocial damages (BARBOSA et al., 2016). Currently, advances in neuroscience have made it possible to better understand the mind-brain relationship and to create more efficient intervention techniques. However, much remains to be known about this issue that challenges physicians and psychologists and brings great personal and social harm (TEODORO, 2009).

DEPRESSÃO EM CRIANÇAS
DEPRESSION IN CHILDREN


Somente a partir da década de 70 a depressão infantil veio a ser reconhecida, pois até essa época estudiosos pensavam não existir este transtorno em crianças e adolescentes (COLAVITE et al., 2013) e as primeiras tendências de conceituar depressão infantil foram realizadas sob um ponto de vista psicanalítico, buscando a compreensão da psicodinâmica de pessoas deprimidas (MIRANDA et al., 2013). 
It was not until the 1970s that children's depression came to be recognized, since until that time researchers thought that this disorder did not exist in children and teenagers (COLAVITE et al., 2013) and the first tendencies to conceptualize infant depression were carried out under one point of psychoanalytic view, seeking the understanding of the psychodynamics of depressed people (MIRANDA et al., 2013).
 
A depressão infantil tem sido um transtorno bastante pesquisado nos dias atuais, ao contrário do que acontecia há mais de 30 anos quando era uma doença considerada característica dos adultos. Atualmente, já não se tem mais dúvida de que esta patologia afeta também as crianças, podendo interferir no seu processo de desenvolvimento e são várias as causas para esta doença, entre elas destacam-se os problemas familiares, onde a criança não se sente amada e protegida, passando do isolamento à queda no rendimento escolar (MIRANDA et al., 2013).
Childhood depression has been a much search after disorder in the present days, unlike what happened more than 30 years ago when it was a disease considered characteristic of adults. Currently, there is no longer any doubt that this pathology also affects children, which may interfere with their development process, and there are several causes for this disease, among them the family problems, where the child does not feel loved and from isolation to drop in school performance (MIRANDA et al., 2013).


Apesar dos estudos e esforços dos pesquisadores para caracterizar a depressão infantil como uma patologia que afeta o desenvolvimento da criança, ainda existem muitas controvérsias a respeito da doença, principalmente quanto aos critérios de diagnóstico (MIRANDA et al., 2013). Porém, DSM-5 (2014) colocou que a depressão infantil apresenta-se de forma semelhante à depressão no adulto, pois os mesmos critérios para avaliar a patologia no adulto são utilizados para diagnosticar o transtorno na criança. 
Despite the studies and efforts of researchers to characterize childhood depression as a pathology that affects the child's development, there are still many controversies about the disease, especially regarding diagnostic criteria (MIRANDA et al., 2013). However, DSM-5 (2014) stated that childhood depression is similar to adult depression, since the same criteria for assessing adult pathology are used to diagnose the disorder in children.

De acordo com este manual, caracteriza-se como sintomas de depressão: perda de interesse ou prazer, humor deprimido, alterações de apetite e peso, insônia ou hipersonia, fadiga, sentimentos de culpa e inutilidade, dificuldade para se concentrar, falta de energia, pensamentos recorrentes de morte ou tentativas de suicídio.
According to this manual, it is characterized as symptoms of depression: loss of interest or pleasure, depressed mood, changes in appetite and weight, insomnia or hypersomnia, fatigue, feelings of guilt and worthlessness, difficulty concentrating, recurrent thoughts of death or suicide attempts.



A depressão infantil pode ser desencadeada por fatores biológicos, uma vez que a patologia está associada a alterações químicas no cérebro, e estas são influenciadas por fatores genéticos, sociais e psicológicos. Porém, a depressão pode estar relacionada a fatores externos, como o estresse ou as perdas vivenciadas pela criança. Esses fatores são conhecidos como efeito gatilho (SILVA & LACERDA, 2014). Salienta-se que por vezes a depressão pode, equivocadamente, ser nomeada de Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH), transtorno de aprendizagem ou  transtorno de conduta (ABRAMOVITCH & ARAGÃO, 2011).
Childhood depression can be triggered by biological factors, since the pathology is associated with chemical changes in the brain, and these are influenced by genetic, social and psychological factors. However, depression may be related to external factors, such as stress or loss experienced by the child in the life. These factors are known as triggers effects (SILVA & LACERDA, 2014). It should be noted that sometimes depression can be mistakenly named Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), learning disorder or conduct disorder (ABRAMOVITCH & ARAGÃO, 2011).

Ressalta-se a evidência que o contexto familiar é quem fornece a base para a construção da personalidade do sujeito, proporcionando-lhe as primeiras experiências de aprendizagem e dando-lhe condições necessárias para seu crescimento. Portanto, um funcionamento familiar saudável, permeado pelo bom vínculo afetivo, boa comunicação entre os integrantes e coesão familiar configuram-se como fatores de proteção contra o surgimento de distúrbios emocionais (GREINERT et al., 2016).
It is highlighted the evidence that the family context is the one that provides the basis for the construction of the personality of the subject, providing him with the first experiences of learning and giving him the necessary conditions for his growth. Therefore, a healthy family functioning, permeated by a good affective bond, good communication between the members and family cohesion, are configured as protective factors against the onset of emotional disturbances (GREINERT et al., 2016).

Em relação ao tratamento de depressão infantil, há diferença de tratamento para depressão mais leve e severa, pois no caso das leves são realizados encontros regulares com a criança e seus pais, visando ofertar suporte para avaliar o estresse e melhorar o humor.
Regarding the treatment of childhood depression, there is a difference in treatment for milder and more severe depression, because in the case of the mild, are meeting regular meetings with the child and his parents, in order to offer support to assess stress and improve mood.

DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES
DEPRESSION IN TEENAGERS



A prevalência de Transtorno Depressivo Maior (TDM) no estudo colocado por Fleming & Offord, em 1990, na população geral, apresentava-se em pré-púberes em torno de 2% (1%-3%) e, em adolescentes, de 6%. Atualmente, sabe-se que a prevalência de problemas emocionais e de conduta é em torno de 10% a 20%, constituindo uma carga de doença expressiva, com prejuízo na vida escolar e nas relações familiares e sociais de crianças e adolescentes (BELFER, 2008). 
The prevalence of Major Depressive Disorder (MDD) in the study by Fleming & Offord in 1990 in the general population presented in pre-teenagers around 2% (1% -3%) and in teenagers 6 %. Currently, it is known that the prevalence of emotional and behavioral problems is around 10% to 20%, representing an expressive burden of disease, with impairment in school life and in the family and social relationships of children and teenagers (BELFER, 2008).

Estudo sobre a carga global de doenças em adolescentes e jovens entre 10 e 24 anos mostrou que, mundialmente, as três principais causas de anos de vida perdidos por incapacidade nessa faixa etária são, respectivamente, os transtornos neuropsiquiátricos (45,0%), as lesões não intencionais (12,0%) e as doenças infecciosas e parasitárias (10,0%) (GORE et al., 2011). 
A study of the global burden of diseases in teenagers and young people between 10 and 24 years of age showed that, worldwide, the three main causes of years of life lost due to disability in this age group are, respectively, neuropsychiatric disorders (45.0%), unintentional injuries (12.0%) and infectious and parasitic diseases (10.0%) (GORE et al., 2011). 

Dados epidemiológicos revelam taxas de prevalência da depressão em adolescentes entre 3% a 9% e uma prevalência cumulativa de 20% até o final da adolescência, com uma taxa de recorrência de 60-70% (CALLAHAN et al., 2012). Verifica-se uma discrepante predominância no gênero feminino, com episódios mais duradouros e com maior risco de cronicidade (NOCK et al., 2013). 
Epidemiological data reveal prevalence rates of depression in teenagers between 3% and 9% and a cumulative prevalence of 20% until late teenagers, with a recurrence rate of 60-70% (CALLAHAN et al., 2012). There is a discrepant predominance in the female gender, with longer lasting episodes and a higher risk of chronicity (NOCK et al., 2013).



O trabalho de Reppold et al., realizado em 2016 mostra que, no Brasil, os principais instrumentos para avaliação do humor deprimido entre amostras juvenis são o Inventário de Depressão Infantil, adaptado para amostras adolescentes por Reppold e Hutz (2003); Escalas Beck de Depressão, Desesperança e Ideação Suicida (Cunha, 2001), indicadas para uso clínico em pacientes a partir dos 17 anos de idade; e Escala Baptista de Depressão Infanto-Juvenil (Baptista & Cremasco, 2013), composta por 50 itens que objetivam avaliar os sintomas depressivos em crianças e adolescentes, por meio de escala do tipo Likert, de zero a dois.
The work of Reppold et al., carried out in 2016 shows that, in Brazil, the main instruments for the evaluation of depressed mood among juvenile samples are the Child Depression Inventory, adapted for teenagers by Reppold and Hutz (2003); Beck Scales of Depression, Hopelessness and Suicidal Ideation (Cunha, 2001), indicated for clinical use in patients from 17 years of age; and Childhood Depression Baptista Scale (Baptista & Cremasco, 2013), composed of 50 items that aim to evaluate depressive symptoms in children and teenagers, using a Likert scale, from zero to two.

Em relação à sintomatologia em pré-adolescentes, tem-se a centralização na esfera cognitiva, com ruminações, ideias e impulsos suicidas e sentimentos de inferioridade e opressão. O TDM em pré-puberes apresenta-se com prevalência de queixas somáticas. A lentificação psíquica e motora podem estar presentes. A ação e a expressão estão alteradas, inibidas, e suas repercussões são notadas na indiferença, no desinteresse pela rotina, como nas atividades escolares e brincadeiras – isolamento e evitação dos colegas (ABRAMOVITCH & ARAGÃO, 2011).
Regarding the symptoms in pre-adolescents, we have the centralization in the cognitive sphere, with ruminations, ideas and suicidal impulses and feelings of inferiority and oppression. The MDD in pre-teenagers presents with somatic complaints prevalence. Psychic and motor slowing may be present. Action and expression are altered, inhibited, and their repercussions are noted in indifference, in disinterest in routine, as in school activities and games - isolation and avoidance of peers (ABRAMOVITCH & ARAGÃO, 2011).


Já o TDM na adolescência surge com anedonia, desesperança, culpas, lentificação psicomotora, podendo apresentar delírios e alucinações. O comportamento é negativista, antissocial, com culpas e recusa de sair de casa e, frequentemente, está associado ao abuso de álcool e de outras substâncias. Podem surgir tentativas de suicídio e a vigilância deve ser redobrada (ABRAMOVITCH & ARAGÃO, 2011).
On the other hand, MDD in teenagers appears with anecdotal, hopelessness, guilt, psychomotor retardation, and may present delusions and hallucinations. Behavior is negativistic, antisocial, blaming and refusing to leave home and is often associated with abuse of alcohol and other substances. Suicide attempts may arise and surveillance should be doubled (ABRAMOVITCH & ARAGÃO, 2011).

A taxa de recidiva de episódios de depressão é alta, variando de 50% a 80%, num período entre quatro e seis anos (FLECK et al., 2003; BLASCO, LEVITES, & MONACO, 2012). Nesse sentido, é imprescindível que os clínicos disponham de instrumentos válidos e fidedignos para a avaliação de sintomas clínicos, como os já citados anterioremente (REPPOLD et al., 2016).
The rate of recurrence of episodes of depression is high, varying from 50% to 80%, in a period between four and six years (FLATCH ET AL., 2003; BLASCO ET AL., 2002). In this sense, it is essential that clinicians have valid and reliable instruments for the evaluation of clinical symptoms, such as those already mentioned previously (REPPOLD et al., 2016).

O tratamento ideal para o transtorno depressivo é abrangente, uma vez que os sinais e sintomas não se restringem às dimensões biológica ou psicológica (AGUIAR et al., 2011). O tratamento medicamentoso, bem como o psicoterápico, pode ser mais assertivo, reduzindo também o impacto social que a depressão acarreta, na capacidade individual e no desgaste emocional e financeiro que acomete aqueles que circundam o doente (ROCHA et al., 2016).
The ideal treatment for the depressive disorder is embracing, since the signs and symptoms are not restricted to the biological or psychological dimensions (AGUIAR et al., 2011). Drug treatment, as well as psychotherapy, can be more assertive, reducing the social impact of depression, individual capacity, and the emotional and financial distress that affects those around the patient (ROCHA et al., 2016).


O estudo de Erse et al. (2016), concluiu que, atendendo à elevada vulnerabilidade dos adolescentes para a depressão e suicídio, é essencial a implementação de programas de prevenção em meio escolar que promovam a deteção precoce da depressão e de comportamentos suicidários e a referenciação para os serviços de saúde mental.

The study by Erse et al. (2016), concluded that, given the high vulnerability of teenagers to depression and suicide, it is essential to implement school-based prevention programs that promote the early detection of depression and suicidal behavior and referral to mental health services.

Na próxima postagem, teremos o texto de Ana Laura da Cruz Luiz sobre Depressão na Terceira Idade.
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terça-feira, 4 de abril de 2017

Olá! Bem-vindos ao blog AAC - Cheers! 
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Sou Ana Eloísa Melo Novaes, acadêmica de Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e membro da Associação Acadêmica de Cardiologia – AAC. Hoje, nós vamos falar sobre como a mídia tem abordado o tema da depressão. 
I’m Ana Eloísa Melo Novaes, medical student at Federal University of Rio Grande do Norte, and member of AAC - Academic Association of Cardiology. Today, we’ll talk about how the media has addressed the topic of depression. 

Em um mundo tão globalizado quanto o nosso, no qual as distâncias físicas são encurtadas, as imagens e fatos transmitidos quase que instantaneamente pela televisão e internet, é notório que a mídia detém um grande poder influenciador para transmitir informações (corretas) sobre diversos temas, dentre os quais a depressão. 
In a world as globalized as ours, in which physical distances are shortened, the images and facts transmitted almost instantly by television and the internet, it is well known that the media has a great influencing power to transmit (correct) information on various subjects, including depression. 

Discutir saúde mental, com destaque para depressão, ainda é um tabu para muitas pessoas. E o problema com os tabus reside justamente no fato de que as pessoas que estão enfrentando tais situações, por vezes, sofrem caladas. Elas têm medo do julgamento e do estigma de parecer fracas aos olhos dos outros, ou simplesmente não sabem como dar o primeiro passo em busca de ajuda. A verdade é: ninguém deveria sofrer calado. O silêncio pode matar. E ele mata, todos os dias. 
Discussing mental health, with a focus on depression, is still a taboo for many people. And the problem with taboos lies precisely in the fact that people who are facing such situations sometimes suffer in silence. They are afraid of the judgment and the stigma of looking weak in the eyes of others, or simply do not know how to take the first step in seeking help. The truth is: no one should suffer silent. Silence can kill. And it kills, every day. 



Felizmente, a mídia vem abrindo espaço para discussões sobre a depressão, e isso contribui para desestigmatizar a doença, e a saúde mental como um todo. É graças a campanhas como “Depressão: vamos conversar” (Organização Mundial da Saúde, 2017), o "Setembro Amarelo", o envolvimento de celebridades nas redes sociais (quer compartilhando suas histórias pessoais ou simplesmente demonstrando apoio à causa), bem como o retrato do tema em filmes, que mais e mais pessoas conseguem perceber que não estão lutando sozinhas e que é possível obter ajuda. 
Fortunately, the media has been making room for discussions about depression, and this has contributed to de-stigmatizing the disease, and mental health as a whole. It's thanks to campaigns like ‘Depression - Let's Talk’ (World Health Organization, 2017), the "Yellow September", the involvement of celebrities in social networks (whether sharing their personal stories or simply demonstrating support for the cause), as well as the portrait of this theme in films, that more and more people can realize that they are not struggling alone and that it is possible to get help. 




Para os amantes do cinema, há uma série de filmes que abordam a depressão. Os sites listados a seguir trazem cerca de 30 sugestões de títulos, dentre os quais a adaptação cinematográfica indicada ao Oscar do romance ganhador do prêmio Pulitzer, As Horas, de Virginia Woolf. 
For film lovers, there are a number of films that address depression. The sites listed below (Portuguese only) bring about 30 suggestions of titles, including the Oscar-nominated screen adaptation of Virginia Woolf's Pulitzer Prize-winning novel, The Hours. 



A seguir, seguem alguns links com reportagens exibidas na televisão brasileira a respeito de depressão: 
In the following are some links to reportages exhibited on Brazilian television concerning depression: 



Na próxima semana, dia 10/04/2017, teremos a postagem de Larissa Camapum sobre a depressão em crianças e adolescentes.
Next week, 04/10/2017, we will have the post of Larissa Camapum about depression in children and teenagers.

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