sexta-feira, 30 de junho de 2017

Sinais e Sintomas Cardiovasculares




Escrito por Maria Gislene Santos Silva
Acadêmica de Medicina e Associada da AAC





As doenças cardiovasculares afetam o coração e vasos sanguíneos (incluindo as artérias, veias e vasos capilares). Existem vários tipos de doenças cardiovasculares. A seguir veremos os principais sinais e sintomas das doenças cardíacas.

  • Dor cardíaca

A dor torácica é um dos problemas mais comuns na clínica médica, e uma das causas mais prevalentes de internação. A queixa de dor torácica determina séria preocupação nos adolescentes, em suas famílias e no médico que faz o primeiro atendimento. A preocupação é causada pela associação entre dor torácica, cardiopatia e morte súbita, gerando grande fonte de ansiedade nos pais e pacientes. Na história clínica, deve constar informações descrevendo a localização da dor, frequência, qualidade, duração, curso e consequências e história familiar de doença torácica. A dor usualmente é prolongada (>20 minutos), podendo ser desencadeada por exercício, estresse ou acontecer em repouso. O alívio com repouso aumenta a probabilidade de a dor ser de origem isquêmica cardíaca, bem como a irradiação para membros superiores e pescoço e a presença de outros sintomas associados (dispneia, náuseas e vômitos). Em pacientes com angina prévia, a mudança do caráter da dor é um indicador de instabilização.  Nos casos em que o paciente não define a dor, a presença do sinal de Levine (localização da dor com punho cerrado sobre o centro do tórax) sugere dor de origem isquêmica. Dores puntiformes, em facada, associadas à movimentação do tórax, reprodutíveis a palpação, são associadas à baixa probabilidade de doença isquêmica. 


  • Palpitações


A palpitação é a sensação desagradável de batimentos cardíacos, seja de maneira lenta ou rápida, regular ou irregular. A palpitação é uma das queixas que mais levam os pacientes a procurar o auxílio médico. As palpitações são sintomas extremamente frequentes, referidos não só por doentes com patologia cardíaca, mas também muitas vezes por indivíduos saudáveis. Podem relacionar-se com batimentos cardíacos normais ou com diversas bradi ou taquiarritmias. Com frequência refletem apenas ansiedade e nada têm a ver com perturbações de ritmo. Por vezes os doentes só referem palpitações em situações particulares, como durante o esforço, no período noturno, após as refeições, ou em certas posições (por exemplo quando se deitam sobre o lado esquerdo).

  • Dispneia 


Dispneia é um termo usado para caracterizar a experiência subjetiva de desconforto respiratório que consiste de sensações qualitativamente distintas, variáveis em sua intensidade.  A dispneia deve ser classificada de acordo com a sua relação com as atividades da vida diária (subir ladeira, subir escada, tomar banho, trocar de roupa, colocar sapato, ralações sexuais, entre outras). Na grande maioria das vezes, o paciente, referindo dispneia, mostra outros sintomas e sinais sugestivos de uma condição específica. Dessa maneira, através de uma história clínica e um exame físico bem feitos, o médico pode pedir exames subsidiários, dirigidos, que permitam uma definição clara do diagnóstico. Deve-se verificar a intensidade da dispneia ao longo do tempo no mesmo paciente, avaliando-se a resposta ao tratamento estabelecido.

  • Alterações de sono


A avaliação sistemática dos indivíduos com queixas proeminentes de distúrbios do sono inclui: a determinação do tipo específico de queixa relativa ao sono e a consideração de transtornos mentais concomitantes, condições clínicas gerais e uso de substâncias (inclusive medicamentos), possivelmente responsáveis pelo distúrbio. Quando não há uma etiologia específica envolvida na alteração do sono, o transtorno é considerado primário.

  • Fadiga 


Costuma-se chamar de fadiga o resultado das mudanças temporárias em um organismo decorrentes de sua exaustão por esforço ou por repetição, tendendo esse estado a inibir a atividade desse organismo e a interferir na presteza de suas performances ou na redução de sua eficiência. A dificuldade para discriminar entre intolerância à atividade e fadiga é especialmente importante no cuidado voltado ao paciente cardíaco.  A fadiga nas doenças cardíacas é um fator associado a limitações para a manutenção de um estilo de vida compatível com senso desejável de autonomia e independência.  A intensidade da fadiga foi observada como fator preditivo independente de piora da insuficiência cardíaca. 

  • Síncope


A síncope é definida como a perda súbita e transitória da consciência e do tônus postural com recuperação espontânea, é um problema clínico comum e, por vezes, um duro desafio para o médico. Na população geral, a causa mais comum de síncope é a neurocardiogênica, seguida pelas arritmias primárias. Num determinado indivíduo, a causa mais provável de síncope varia conforme a idade. Síncopes recorrentes têm sério impacto negativo na qualidade de vida, com impedimento físico comparável à artrite crônica, depressão ou doença renal avançada. Episódios sincopais frequentes reduzem a mobilidade, as habilidades usuais e aumentam a depressão, dor e sensação de desconforto. Sexo feminino, grande número de comorbidades, síncopes muito recorrentes e pré-síncopes são fatores associados à piora na qualidade de vida.



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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Emergências Cardiológicas



Escrito por Larissa A. da Costa Camapum
Acadêmica de Medicina e Associada da AAC







Para abordagem inicial desse tema, vale ressaltar alguns conceitos, como:

  • Colapso cardiovascular é a perda súbita de fluxo sanguíneo eficaz, causada por fatores cardíacos ou vasculares periféricos que podem reverter espontaneamente (como a síncope) ou apenas com intervenções (como a paradacardíaca).
  • Parada cardiopulmonar (cardíaca) é a ausência de atividade mecânica do coração, confirmada pela ausência de pulso detectável, irresponsividade e apneia ou respiração agônica, ofegante. 
  • Morte súbita cardíaca (MSC) é a morte natural de causa cardíaca, precedida por perda abrupta da consciência no período de uma hora a partir do início de mudança aguda no sistema cardiovascular. É, com frequência, o primeiro e único sintoma de doença cardíaca (AEHLERT, 2013).


Dados brasileiros obtidos pelo DataSUS mostram que 35% das mortes no Brasil são por causas cardiovasculares, resultando em 300 mil casos anuais. Nenhuma situação clínica supera a prioridade de atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), na qual a rapidez e a eficácia das intervenções adotadas são cruciais para um melhor resultado do atendimento (MARTINS et al., 2015). 

A PCR permanece como um problema mundial de saúde pública. Estima-se que a maioria daquelas em ambiente extrahospitalar sejam em decorrências de ritmos como fibrilação ventricular (56 a 74%) e taquicardia venticular sem pulso, enquanto que, em ambiente hospitalar, a atividade elétrica sem pulso e a assistoloia respondam pela maioria dos casos. A maior parte ocorre em adultos, mas crianças também são afetadas, com atenção para o ambiente hospitalar (I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013).

O sucesso da ressuscitação está intrinsecamente relacionado a uma desfibrilação precoce, ideal, dentro dos primeiros 3 a 5 minutos após o colapso. A cada minuto transcorrido do início do evento arrítmico súbito sem desfibrilação, as chances de sobrevivência diminuem em 7 a 10%. Com a RCP, essa redução é mais gradual, entre 3 e 4% por minuto de PCR. A RCP depende também da realização de uma sequência de procedimentos que pode ser sistematizada no conceito de corrente de sobrevivência (I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013).

A Corrente de Sobrevivência representa a sequência ideal de eventos que deveria ser instituída imediatamente após o reconhecimento do curso de moléstia cardíaca súbita (AEHLERT, 2013). A cadeia é constituída por cinco passos principais (MARTINS et al., 2015):


  • Reconhecimento imediato da parada cardíaca e o desencadeamento do sistema de emergência (chamar por ajuda).
  • Aplicação das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com ênfase nas 
  • compressões de alta qualidade.
  • Rápida desfibrilação.
  • Medidas eficazes de suporte avançado de vida.
  • Cuidados organizados e integrados pós-parada (Figura 1).



Em uma situação de PCR, um mnemônico pode ser utilizado para descrever os passos simplificados do atendimento em Suporte Básico de Vida (SBV): o “CABD primário” (I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013).

Passos a serem executados de acordo com a I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2013).



1 – SEGURANÇA DO LOCAL
Certifique se o local é seguro para você e para a vítima. Caso o local não seja seguro (um prédio com risco de desmoronamento, uma via de trânsito), torne o local seguro  (parando ou desviando o trânsito) ou remova a vítima para um local seguro. Se o local estiver seguro, prossiga o atendimento.

2 – AVALIE A RESPONSIVIDADE E RESPIRAÇÃO DA VÍTIMA
Avalie a responsividade da vítima chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a vítima responder, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda. Se a vítima não responder, avalie sua respiração, observando se há elevação do tórax em menos de 10 segundos. Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver sua evolução, caso seja necessário, chame ajuda. Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping”, chame ajuda imediatamente.

3 – CHAME AJUDA
Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número local de emergência (SAMU 192) e, se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo. Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima. É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções. A pessoa que ligar para o Serviço Médico de Emergência deve estar preparada para responder às perguntas como a localização do incidente, as condições da vítima, o tipo de primeiros socorros que está sendo realizado, etc. Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento, trauma, overdose de drogas e para todas as crianças), o socorrista deverá realizar cinco ciclos de RCP e, depois, chamar ajuda, se estiver sozinho. 

4 – CHEQUE O PULSO
Cheque o pulso carotídeo da vítima em menos de 10 segundos. Caso a vítima apresente pulso, aplique uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo uma frequência de 10 a 12 ventilações por minuto, e cheque o pulso a cada dois minutos. Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, inicie os ciclos de compressões e ventilações. 

5 – CICLO -  30 COMPRESSÕES : 2 VENTILAÇÕES



Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações, considerando que existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para aplicar as ventilações). Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada cardíaca.
   
6 – DESFIBRILAÇÃO
Assim que o DEA estiver disponível, se o mesmo estiver sozinho, deverá parar a RCP para conectar o aparelho, porém, se houver mais do que um socorrista, enquanto o primeiro realiza RCP; o outro manuseia o DEA. O tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os primeiros 3 a 5 minutos da PCR. Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não devem ser removidas ou desconectadas até que o SME assuma o caso.



7 – APÓS ESTABILIZAÇÃO DA VÍTIMA


Se não houver suspeita de trauma e a vítima já apresentar respiração normal e pulso, o socorrista poderá colocá-la em posição de recuperação, porém deverá permanecer no local até que o SME chegue.


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terça-feira, 20 de junho de 2017

Quando procurar um cardiologista




Escrito por Samara Pereira de Almeida
Acadêmica de Medicina e Associada da AAC




O médico cardiologista é aquele que, conforme a I Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre processos e competências para a formação em Cardiologista no Brasil, tem o certificado de conclusão da residência médica devidamente reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O título de Especialista em Cardiologia também é fornecido ao candidato que atenda aos requisitos básicos de formação cardiológica no concurso de provas e títulos realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. 



Tais profissionais devem ser procurados sempre que possível, uma vez que, segundo a Organização Mundial de Saúde, os acometimentos cardíacos são os que mais provocam mortes no mundo, com exceção da África Subsaariana, onde a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida é a predominante no quantitativo de óbitos. Está previsto que, até 2020, haja aumento do impacto para doença isquêmica cardíaca em torno de 120% para mulheres e 137% para homens nos países em desenvolvimento.

Infelizmente, estão emergentes, na maioria dos países, vários fatores como os determinantes comportamentais, a exemplo de propagandas de “fastfoods”; fatores ambientais como o tabagismo; condições de risco como a hipercolesterolemia, a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus; influências psicossociais; dificuldades no acesso aos cuidados de saúde. Todos esses aspectos podem culminar em condições como Doença Arterial Coronariana, Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, Doença Arterial Periférica, Doença Cardíaca Hipertensiva, Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, tornando o médico cardiologista imprescindível desde a prevenção até o tratamento de todos estes acometimentos. 

O esquema a seguir ilustra essa relação de causa e consequência dos eventos cardiovasculares citados. 

















A presença de determinados sinais e sintomas como os listados a seguir também tornam necessária a procura imediata ao cardiologista, a fim de evitar a progressão de cardiopatias como Síndromes Coronarianas Agudas, Doença Pericárdica, Tumores Cardíacos, Doença venosa tromboembólica, entre outras. 

  • dispneia aos esforços
  • dispneia de decúbito (ou ortopneia)
  • dispneia paroxística noturna
  • dispneia de decúbito lateral
  • dores na região precordial, 
  • cefaleia de etiologia não neurológica
  • palpitações
  • desmaios frequentes
  • taquicardia
  • edema de membros inferiores
  • dispneia de decúbito (ou ortopneia)
  • dispneia paroxística noturna
  • dispneia de decúbito lateral
  • síncope
  • tosse aos esforços



Com a finalidade de diagnosticar quaisquer acometimentos cardíacos, é importante a visita ao cardiologista ao menos uma vez ao ano. Caso o paciente já tenha problemas cardiovasculares, tal visita deve ser feita pelo menos duas vezes ao ano. Hábitos como alimentação não balanceada, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, além de presença de obesidade, são fatores que também tornam imprescindível a sua procura. 

Também é fundamental que portadores de qualquer cardiopatia ou de Hipertensão Arterial Sistêmica que pratiquem atividade física façam uma avaliação cardiológica antes mesmo do início de tal prática, a fim de verificar as modalidades e intensidades dos exercícios mais adequadas ao paciente, por meio de exames como o Teste de Esforço. 



Homens com problema de ereção também podem ser beneficiados com a procura a esse especialista, uma vez que, para que se tenha uma ereção eficaz, é necessário que haja um fluxo sanguíneo sem qualquer obstrução cardíaca. Isso culmina na drenagem de sangue adequada do tecido erétil. 

É importante considerar que a primeira visita ao cardiologista, quando há familiares com histórico de doenças como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica ou Doença Coronariana, deve ser feita pelo menos aos 30 anos de idade no caso de homens e 40 anos, nos pacientes de sexo feminino. Caso não haja fatores de risco, os homens podem iniciar as visitas ao cardiologista a partir de 45 anos, ao passo que as mulheres, aos 50 anos de idade. A a presença de diagnósticos como insuficiência cardíaca e a arritmia indicam a necessidade de acompanhamento cardiológico de 6 em 6 meses, ideal para ajustes no tratamento e melhor avaliação do prognóstico. 

Somando-se a isso, o cardiologista, por meio de exames como o Eletrocardiograma, é capaz de identificar problemas como bloqueios de ramo, anormalidades do intervalo QT, pericardite, bradicardias, taquicardias, disfunção de marca-passo, sobrecargas atriais e ventriculares, miocardite, entre outros. 



Também é de conhecimento do especialista em doenças do coração a interpretação, em seus diversos contextos clínicos, de exames como o Holter ou Eletrocardiografia Ambulatorial de 24 horas, a Tomografia Computadorizada Cardíaca, a Ressonância Nuclear Magnética Cardíaca,  além de exames de imagem invasivos como a cateterização e angiografia. 

Além disso, o cardiologista detém o domínio do tratamento das doenças cardiovasculares, seja de forma farmacológica, com ênfase em medicamentos anti-hipertensivos de ação central, agentes anti plaquetários, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos canais de potássio, bloqueadores do receptor da angiotensina, medicamentos redutores de lípides, antagonistas da aldosterona, anticoagulantes, betabloqueadores , inotrópicos, nitratos, medicamentos cardiotóxicos, digitálicos, nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos, ou de forma não farmocológica. 



Ademais, a Cardiologia é a especialidade médica ideal para avaliação e interpretação dos exames diagnósticos e tratamento de pacientes com Síndromes Coronarianas Agudas, Doença Pericárdica, Tumores Cardíacos, Doença venosa tromboembólica, Doença Cardíaca Valvar, Insuficiência Cardíaca, Endocardite Infecciosa, Doença Cardíaca Congênita, Cardiopatia Chagásica, Doença Arterial Coronariana Crônica, Miocardiopatias, Fibrilação Atrial, arritmias, Hipertensão Arteria Pulmonar, Doenças da aorta, entre outras patologias.

Diante do exposto, é de fundamental importância a identificação precoce de problemas cardiovasculares, a fim reduzir o impacto no desenvolvimento dos sinais e sintomas de tais problemas e, consequentemente, promover a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Para isso, faz-se necessária a procura frequente ao cardiologista, assim como o encaminhamento correto para o devido acompanhamento desses pacientes. 

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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Fatores de risco cardiovascular mais prevalentes atualmente





Escrito por Dandhara Martins Rebello
Acadêmica de Medicina e Associada da AAC






Doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração e/ou os vasos sanguíneos. Existem muitos tipos de doença cardiovascular, como as arritmias cardíacas, cardiopatias hipertensivas, doenças arteriais coronarianas, miocardiopatias, entre outras.

Fatores de risco são condições que podem aumentar as chances do indivíduo adquirir determinada doença. Praticamente toda doença possui fatores de risco associados, e nos dias atuais, cada vez mais pessoas têm se tornado doentes por conta do estilo de vida que vivem, embora existam também alguns fatores imutáveis, como a genética e etnia. Contudo, ainda que o indivíduo possua um fator imutável, tendo conhecimento sobre ele é possível adaptar o estilo de vida, visando minimizar possíveis danos. 

Dentre os fatores de risco para doença cardiovascular, encontram-se o etilismo, diabetes, sedentarismo, hipercolesterolemia, hipertensão arterial, estresse, idade, obesidade, etnia, genética e o tabagismo. Entenderemos um pouco mais sobre cada um desses fatores nos decorrer deste texto.


O tabagismo é vista pela SOCESP como a maior causa evitável de mortes no mundo.  O risco de morte súbita é muito maior em pacientes tabagistas do que naqueles que não tem o hábito de fumar, assim como o risco de IAM e AVC. O sedentarismo contribui para o desenvolvimento de patologias como hipertensão arterial, obesidade e hipercolesterolemia, todos fatores de risco para desenvolvimento de doenças no coração e vasos sanguíneos. O envelhecimento também aumenta os problemas que afetam o coração, assim como a história família pregressa e a etnia. A HAS, por si só, é a maior causa de doenças cardiovasculares e renais. Além disso, o estresse também aumenta o risco cardíaco, assim como a diabetes - a qual, através do aumento do açúcar no sangue, gera prejuízos ao corpo - bem como o excesso de bebida alcóolica, que pode gerar aumento da pressão e alterações no ritmo cardíaco. Além disso, o sexo feminino também possui fatores de risco como o uso de anticoncepcionais orais, problemas psiquiátricos – também no sexo masculino – complicações na gravidez e doenças auto-imunes.



A prevenção das doenças cardiovasculares engloba a diminuição dos fatores de risco. Os níveis de prevenção são dois: individuais e coletivos. Além de enquadrar o paciente em sua patologia, é preciso caracterizá-lo em relação ao seu risco global de saúde, e atuar diretamente nessa área. Por isso, os médicos devem sempre ter em mente o cuidado e a prevenção, para atuar em um diagnóstico clínico rápido, que possa cursar com um tratamento adequado, e minimize as grande estatísticas ao redor das doenças cardiovasculares. 

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