sábado, 18 de março de 2017

Olá! Bem-vindos ao blog AAC - Cheers! 
Hello! Welcome to AAC - Cheers!

Sou Patrícia Fraga Paiva, acadêmica do 4º ano de medicina na Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – Suprema/Juiz de Fora e associada da AAC. Hoje vamos discutir “Obesidade, sedentarismo e diabetes: estão relacionados a um aumento dos índices de depressão?”.
I am Patrícia Fraga Paiva, a 4-year medical student at the Faculty of Medical Sciences and Health - Suprema/Juiz de Fora and associated member of AAC. Today we are going to discuss "Obesity, sedentarism and diabetes: are they related to an increase of the indices of depression?".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas e até o 2020 ela alcançará o segundo lugar no ranking de doenças mais incapacitantes. Trata-se de uma enfermidade complexa, de causas biológicas e ambientais, com associação direta a um maior risco de desenvolvimento de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, epilepsia, AVC, demência de Alzheimer e neoplasias. Obesidade e depressão possuem estreita relação: estudos demonstram que indivíduos obesos são frequentemente deprimidos e aqueles que estão deprimidos, porém ainda não sofrem com a obesidade, têm maior chance em desenvolvê-la. Logo, quanto mais grave a depressão, piores são os hábitos alimentares e o percentual de gordura corporal será maior.
According to the World Health Organization (WHO), depression affects more than 350 million people and by 2020 it will reach second place in the ranking of more disabling diseases. Depression is a multifaceted condition with diverse biological and environmental causes and has been associated with a risk to develop obesity, cardiovascular diseases, diabetes type 2, metabolic syndrome epilepsy, stroke, Alzheimer’s dementia and cancer. Obesity and depression have a close relationship: studies show that obese people are often depressed and those who are depressed but not yet suffering from obesity are more likely to develop it. Therefore, the more severe the depression, the worse the eating habits and the higher the percentage of body fat.

A nutrição ativa hormônios, neurotransmissores e sinaliza vias no intestino que modulam funções cerebrais como apetite, sono, consumo de energia, neurogênese, mecanismos de recompensa, função cognitiva e humor. Estas alterações modulam novamente o comportamento alimentar e podem cronicamente resultar em distúrbios relacionados com o stress, distúrbios afetivos e demência, estabelecendo a conexão entre alta ingestão calórica e depressão. Alguns agentes relevantes conhecidos deste complexo sistema de interação são, por exemplo, a grelina, a leptina, o sistema endocanabinóide lipídico, a insulina, corticosteróides, colecistocinina (CCK), glutamato, glicose, insulina, GABA, péptideo liberador de gastrina. O excesso e desequilíbrio dessas substâncias estão diretamente relacionados à compulsão alimentar, que irá fomentar aos sintomas depressivos, alterações de humor, ataques de pânico e fobias.
Nutrition activates hormones, neurotransmitters and signals pathways in the gut that modulate brain functions such as appetite, sleep, energy consumption, neurogenesis, reward mechanisms, cognitive function and mood. These changes modulate eating behavior again and may chronically result in stress-related disorders, affective disorders and dementia, establishing the connection between high caloric intake and depression. Some relevant known agents of this complex interaction system are, for example, ghrelin, leptin, the endocannabinoid lipid system, insulin, corticosteroids, cholecystokinin (CCK), glutamate, glucose, insulin, GABA, gastrin-releasing peptide. The excess and imbalance of these substances are directly related to binge eating, which will encourage depressive symptoms, mood swings, panic attacks, and phobias.





O padrão dietético ocidental, associado ao excessivo consumo de alimentos de alto índice glicêmico, bebidas adoçadas, produtos alimentícios refinados, processados e industrializados, biscoitos estão associados a um maior risco de depressão, já que podem desequilibrar hormônios e neurotransmissores participantes do complexo sistema nervoso entérico, desencadeia uma cascata que altera a fisiologia do apetite, humor e sono. Por outro lado, uma dieta saudável, rica em fibras, frutas, legumes, vegetais, grãos integrais, azeite, peixe, castanhas, carne não processada tem sido associada inversamente ao risco de depressão. Indivíduos deprimidos que se propõem a adotar hábitos alimentares mais saudáveis obtém redução não só gordura corporal, mas também sintomas depressivos, ansiedade e aumento da dopamina e da serotonina. 
The Western dietary pattern associated with excessive consumption of high-glycemic foods, sweetened beverages, refined, processed and industrialized foods, biscuits are associated with a greater risk of depression, since they may unbalance hormones and neurotransmitters participating in the complex enteric nervous system , initiate a cascade that alters the physiology of appetite, mood, and sleep. On the other hand, a healthy diet rich in fiber, fruits, vegetables, whole grains, olive oil, fish, nuts, unprocessed meat has been inversely associated with the risk of depression. Depressed individuals who propose to adopt healthier eating habits get reduction not only body fat, but also depressive symptoms, anxiety and increase of dopamine and serotonin.





Neste contexto, as intervenções dietéticas e de estilo de vida podem ser uma estratégia de prevenção e tratamento desejável, eficaz, pragmática e não estigmatizante para a depressão. Aliado às mudanças alimentares, medicamentos para o tratamento de depressão, distúrbios metabólicos, dislipidemia, diabetes devem ser associados em casos graves, além da prática regular de exercício físico aeróbico, atividade que também contribuirá para alcançar um estilo de vida mais saudável. 
In this context, dietary and lifestyle interventions may be a desirable, effective, pragmatic and non-stigmatizing prevention and treatment strategy for depression. Combined with dietary changes, medications for the treatment of depression, metabolic disorders, dyslipidemia, diabetes should be associated in severe cases, in addition to regular practice of aerobic exercise, an activity that will also contribute to achieving a healthier lifestyle.




Na próxima semana, dia 20/03/2017, teremos a postagem de Rômulo Nascimento Mundin sobre “Depressão e cardiopatias no sexo feminino”.
Next week, 03/20/2017, we will have the post of Rômulo Nascimento Mundin about "Depression and heart disease in women”.

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